quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

estágio do estágio

Domingo passado soube que ia começar a estagiar na Segunda. Estava no Espelunca Chic quando recebi a notícia e depois vim pra casa com uns amigos e vimos a segunda temporada de Heroes. Eles saíram daqui as 5h e eu acordei as 7:30h. Até aí, sem problemas. Difícil mesmo é ir da Barra à Tijuca tentando quebrar aquele silêncio constrangedor com protótipos de conversas inúteis. Mas pior ainda é fazer esse trajeto sem rádio e com várias paradas pra buscar pessoas que se atrasam. Se o silêncio é incômodo com o carro em movimento, imagina com ele parado.
Parte 1 resolvida.
A parte 2 é mais complicada. Requer um pouco mais de sensibilidade: ser apresentada às pessoas. Conhecer amigos dos amigos é fácil. Você se mete na conversa e pronto. Nem perguntam seu nome, no máximo perguntam para alguém como você se chama. Conhecer futuros companheiros de trabalho é que é o complicado. Ainda mais se seu nome é Lara.
- Clara?
- Não, Lara
- Laura?
- Não, é Lara
- Ah, Sarah?
- Quase lá. Lara
- Mara?
- É Lara. Ele a Erre A. Lara
- Ahhhhhh, Lara! É de Larissa?
- Não, é de Lara mesmo

Ok, exagerei legal. Isso não aconteceu. Não desta vez.
Mas pra quem não sabe, eu não sou lá muito chegada em cumprimentar as pessoas. Dou um 'Ooi' geral e olhe lá. Mas na hora de ser apresentada a gente estende a mão e tudo mais. Ou pelo menos espera-se que a gente faça isso. Eu faço, mas nunca sei se querem minha mão ou meu rosto pra dar dois beijinhos. Tento evitá-los, não é sempre que consigo.
E quando achei que tudo caminhava bem, já tinha conhecido três pessoas sem assimilar seus nomes - é simplesmente impossível ser simpática, coordenada e ouvir nomes, quiçá guardá-los - eis que a vaca foi pro brejo. Um cara hesitou ao estender a mão mas inclinou o rosto. Num cumprimento sem jeito onde nem mão nem beijo cumpriram suas tarefas, eu soltei 'que sejam os dois então'. Ri e saí de fininho pra sala ao lado onde um novo começo me esperava. Optei pelo 'Ooi' geral que foi melhor sucedido.
A gente deveria ter um estágio antes de entrar em qualquer empresa como estagiário. Você já é a escória do escritório, podia pelo menos fazer uma bela aparição.

paranoid park

Terça-feira, levantei as 7:30h da manhã, após algumas horas desperta, fui arrumar o que fazer. Renovei meu contrato na Aliança Francesa e tive a brilhante idéia de perturbar uma amiga pra me dizer uns horários de filmes. Ela estava no banho e quem eu perturbei foi sua irmã. Optei por assistir Paranoid Park as 14h. Nem preciso dizer que no UCI. Estacionei no Nova Ipanema apressadíssima e atravessei na chuva. Eu já era a próxima (como se fila demorasse as duas da tarde de uma terça) quando vi que meu precioso cupom havia ficado na outra bolsa. Pensei três vezes. É muito gás voltar só pra pegar o cupom. Paga logo esses sete reais, sua judia mão-de-vaca. Não, sete reais são dois filmes. É, esse foi o pensamento vitorioso. Voltei na chuva e fui pra casa calmamente achando que a sessão seguinte era as 16h. Me ferrei, era só as 18h. Esperei, tentei arrumar alguma companhia pro cinema, mas acabei indo sozinha mesmo.
Quando entrei na sala 7 me assustei com as quase trinta cabeças, dentre elas, dois grupos de adolescentes por volta dos dezesseis anos. Estranhei muito e conferi a sala. Era a 7 mesmo.
Deve ter sido por causa da sinopse do filme: Um jovem de 16 anos decide ir sozinho a um parque que é o paraíso dos skatistas, onde se envolve numa confusão. Dirigido por Gus Van Sant (Elefante).
Quem não se ilude com um resuminho desse? Confusão? Do tipo impedir que seu pai se case com a madrasta chata?
Bom, minha estranheza teve fundamento. Eles saíram e voltaram várias vezes até que com uns sessenta minutos eles desistiram. A lentidão do filme venceu um grupo. O outro resistiu bravamente. Eu gostei bastante de Elefante e de Gênio Indomável. Assim como gostei de Paranoid. Adoro longas seqüencias, planos, lerdeza e tudo mais. Adoro principalmente filmes de 86 minutos.

mais barato, mais barato. uci!

Desde pequena falo que sou vidente e ninguém dá muita bola. Algum dia vou provar meu parentesco com Isaac Mendez. A última premonição que eu tive foi terça-feira, dirigindo a caminho do cinema. Meus pêsames para quem não mora na barra ou não tem um UCI por perto. Caso vocês não saibam, eles estão com uma promoção há bastante tempo em que se ganha um cupom de 50% de desconto na compra do próximo ingresso. Como recebi a dádiva de ser estudante, pago meia da meia! Isso é fantástico! 4,25 nos finais de semana e 3,50 durante a semana. TRÊS E CINQÜENTA! Fui ver 'Meu nome não é Johnny' com a família e recebi quatro preciosos cupons. Era praticamente um estoque de vida, visto que ao comprar um ingresso eu recebo outro vale. Como nem tudo é perfeito, você começa a pensar: Poxa, 3,50 num ingresso! Eu lembro quando o McFeliz era isso. Ou, 'caramba, o estacionamento tá quatro reais', 'o café tá por aí também'. Tudo parece demasiado caro com o cinema a tão belo (por que não?) custo. Pode até ser que você veja um cordão de brilhantes na H.Stern por dez pilas, mas isso não se compara ao cinema a 3,50. Prepare-se para se tornar o ser mais pão-duro do universo, ou no mínimo, da barra após essa experiência de vida. Aliás, você já perdeu a chance de se preparar, porque como eu disse lá em cima, minha clarividência estava aguçada na terça. Nos doze minutos da minha casa ao Nova Ipanema (tive que estacionar lá, é de graça) tudo o que eu pensava era "Meu deus, essa promoção não pode terminar jamais! Como voltarei a dar 8 reais por 120min de entretenimento?" E não é que quando eu pedi 'Paranoid Park de 18h, por favor' o moço não entregou o cupom de ouro?!
- Moço, não tem mais o vale não?
- Não, estamos recolhendo a partir de hoje os ainda em vigor. Não serão entregues novos.
- Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!

Odeio minha habilidade. Quero o vírus do Adam Monroe

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

a culpa é do cinema

Martha Medeiros(http://damamaisbela.blogspot.com/2008/01/absolvendo-o-amor.html) que me desculpe, mas a culpa não é das mulheres coisíssima nenhuma. É do cinema. Quem manda fazer um irlandês charmoso, engraçado e dedicado em P.S te amo? Na boa, o cara morre, mas mesmo assim se despede aos poucos da mulher graças a várias cartas e surpresinhas que ele preparou em seu leito de morte. Quem vai querer simplesmente um moreno-alto-bonito-e-sensual depois do Gerry? Ninguém.
E o Richard Gere em Dança Comigo? Faz aulas de dança (tudo bem que é com a J-Lo) pra agradar a mulher. Não satisfeito, ele aparece no topo da escada rolante com uma rosa na mão. How cute is that!?
Casablanca, O Vento levou, Amor pra recordar entre muitos, muitos outros, construiram um imaginário de homens...imaginários! A culpa não é nossa se impuseram uma baita expectativa que ninguém corresponde.
Não dá mais pra se contentar com o cara bacana, divertido, inteligente e tudo mais. Ele tem que ser cinematográfico.

domingo, 20 de janeiro de 2008

coisas que você só diz a uma irmã

- Mana, espreme essa espinha pra mim?
- Onde?
- Aqui, no pescoço
- Mas Lá, não tá nem amarela ainda
- Luana, eu acabei de sair do banho. Espreme logo a droga da espinha!
- Ah, não...vai te machucar muito
- PORRA LUANA, VOCÊ NÃO FAZ NADA POR MIM

¬¬

sábado, 19 de janeiro de 2008

Will 'meu novo ídolo' Smith

Ontem estreou o tão (?) aguardado 'Eu sou a lenda' e lá fui eu assistir Will Smith no melhor estilo cientista sarado. Se você não viu, pare de ler imediatamente, pois o final aqui será revelado (dei uma de Master Yoda, inverti).
Não foi de todo ruim. Aliás, o que estou dizendo? É legal o filme. Robert Neville e sua fiel escudeira-futura-ganhadora-do-oscar, a pastora alemã Sam se metem em várias enrascadas com personagem de um outro filme: Voldemort, de Harry Potter. Sério, eles não tiveram trabalho nenhum de criar outra criatura.
Assumo que levei uns bons sustos, mas não sou nada imune à filmes de suspense. Quem tiver na bagagem um mínimo de 15 filmes do gênero não terá problemas em lidar com os mutantes. Se bem que tais filmes não costumam ter como trilha BOB MARLEY! Isso mesmo, só Bob Marley. E ainda fizeram a pobre da paulista uma anta em música por não conhecer o jamaicano, deixando o Will bem indignado.
Ah, uma dúvida que ficou no ar é como seres humanos viram animais! No filme, eles deveriam ter perdido características humanas, mas se tornam verdadeiros super-vilões com saltos e grunhidos dignos da Fera de X-men. Mas calma, lá no ínicio eu disse que o filme era legal e é! Eu achei que como uma lenda, o filme seria enoooooooorme, mas não! Se resume a 100 minutos bem agradáveis.
O mais emocionante e que faz você sair do cinema ofegante (opa, rimou) são os planos de emergência do nosso queridíssimo Dr. Neville. Os tais ex-humanos são sensiveis à luz, então ele circundou a casa com váaaarios refletores, constriu portas ultra-resistentes, tem armas em praticamente todas as gavetas da casa e...e...quando tudo parece estar perdido, ele atira no botijão de gás e explode os magricelas pelados! Não é a toa que ele é único sobrevivente de NY. O cara fez por merecer.

um entreouvido no final: o que salvou foi o bob marley...é Resident Evil piorado

putz, que post gi-gan-te!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Stillnox

Lembra que eu falei que ontem não era um dia pra se dormir? Pois bem. Eis que deito em minha cama a 00h noite e não consigo...dormir!
Queria até religar o computador e escrever algumas bobagens, mas não me rendi! Se levantasse não dormiria jamais.
De repente, olho para o lado e avisto meu remédio de dormir. Alguém aí já tomou? É simplesmente horrível. Você perde o melhor momento do sono: a parte em que está adormecendo - porque com o remédio você está acordado em um momento e pum, acordando no outro! - aquele transe em que qualquer zumbido de mosquito é super mal-vindo não existe.
Enfim, tomei meio remédio porque se tomar um inteiro fico tão alucinada quanto o Ewan McGregor em processo de desintoxicação no Trainspoting. Aliás, o nome do remédio tem tudo a ver com a temática do filme. Stillnox, mó nome de banda de punk/hardcore. Se alguém estiver montando uma, fica a sugestão pro nome...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Sabe aquele dia em que dormir não é uma opção. Pode ser por muita felicidade, por tristeza, ansiedade. Pois o dia dezessete de janeiro se resume a isso. Após sucessivos dias de mesmice, leitura, filmes, essa quinta feira tempestuosa mudou o rumo da semana.
Sair pra fofocar com os amigos e depois excluir o único homem do grupo pra comer pizza só com as luluzinhas é a solução para o problema de qualquer mulher.
Não quero dormir, quero falar mais, produzir mais, ser mais intima das minhas amigas, dividir tudo tudo tudo.
Dar broncas, chamá-las de gatas, dizer que são gostosas ou pra perder uns quilinhos, ligar de madrugada, cozinhar, tomar vinho (que é uma das minhas metas pra 2008), ser madrinha do casamento, dos filhos, cuidar das crianças quando elas quiserem ir para um motel.
Eu quero tudo que uma pessoa tem a oferecer: seus pensamentos, conhecimentos, aborrecimentos e quantos 'entos' forem necessários para uma amizade itensa e verdadeira

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

gênesis

Nunca vi ninguém criar blog de bom-humor. 'Hoje quero compartilhar coisas boas'. Bobagem. A gente cria blog quando tá com alguma coisa entalada na garganta...e no coração (oh, que piegas essa menina).
Comigo até que poderia ser diferente, mas não vai ser. Entretanto, como eu nem te conheço direito, vou deixar minhas angústias para a próxima, se houver, postagem