quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

já deu

Após quase meio século no comando de uma nação, (não a zumbi) Fidel sai do poder. Veja bem, eu disse sai. Não morreu, nem foi expulso, humilhado, ou está impossibilitado de dar continuidade a sua era. Ele reconheceu que já deu.
Reconhecer que já deu, está na hora de se aposentar, sair do mercado, aproveitar a vida ou apodrecer na frente do sofá, é sim muito difícil.
Admiro muito o Fidel por isso. Tudo bem, foram 49 anos batendo o pé e dizendo que fica, mas em algum momento, o afastamento chegou.
Quantos não poderiam aprender com ele? Cafú, o cantor Roberto Carlos (e por que não o jogador também?), Romário, Dercy Gonçalves, Faustão etc. Pelo menos o Gustavo Kuerten aprendeu. Não com o Fidel, mas aprendeu.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

domingo eu vou ao maracanã

duas semanas seguidas de maracanã. nada mal para uma garota que deve ter ido duas vezes na vida. tá, isso foi exagero. só pra não perder a piada, sabe como é, né?
acho que a culpa das derrotas foi minha. domingo passado o fluminense créu no flamengo. eu estava torcendo pro flamengo por causa de amigos. sou assim, quero, na maioria das vezes, a felicidade dos meus amigos.
nesse domingo fui torcer para o vasco, meu time de "coração" e não é que o time da virada perdeu de virada?
domingo que vem devo ir no flamengo e botafogo e com torcida dividida de amigos. não vou saber pra quem torcer, logo acho que vai ser o jogo mais surpreendente e emocionante!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Oh! Que saudades que tenho
Da minha infância querida
Do tempo que deitava e dormia
Quando os pensamentos não vagueavam demais

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A gente tem mania de falar que o carioca é simpático, caloroso, hospitaleiro e tudo mais. Verdade seja dita, somos tão frios quanto qualquer europeu dos países nórdicos. Na volta de Angra, uma mulher se sentou ao meu lado, grunhiu algo como licença, eu retirei minha bolsa e ela se sentou. Durante três horas de viagem, nossa história de vida praticamente se resumiu a isso, salvo um 'você se importa se eu comer?' quando paramos em Muriqui e ela comprou um sanduiche fedorento. Não, imagina, foi o que eu respondi. Nem pra desejar um bom apetite. A moça super eduacada e eu ogrenta.
Qualquer outro animal teria se relacionado mais que isso. Bota só dois cachorros juntos pra ver se eles ficam cento e oitenta minutos bricando de estátua. Claro que não, eles podem até se matar, mas isso não deixa de ser um tipo de introsamento. Dois gatos, dois pássaros, dois ratos, a arca de Noé inteira...aposto que só o ser-humano sai de uma viagem (ônibus ou avião) sem saber nada da pessoa que dividiu o mesmo m² durante horas

cultivando amizades: regue bem

Que aterrorizante seria não ter amigos de infância. É praticamente como se ela não tivesse existido. Não ter conexão com seu passado, quem discorde de você quando lembramos um evento, as regras do polícia e ladrão e do jogo da vida, os desastres das aulas de educação física, a demora no chuveiro depois da natação e os micos, que deveriam ser históricos mas a memória não guarda lá muito bem. Proponho uma nova lei: ninguém pode ficar mais de três meses sem ver os amigos de infância. São eles que liberam sua essência, não deixam esquecer quem você realmente é, e trazem à tona a melhor época de nossas vidas.
Imaginem só, mudei de escola na 7ª série e até o 1º ano só fiz duas boas amigas, que depois se juntaram a outras maravilhas adquiridas no 2º. Isso é o grupo Bahiense. Que infelicidade e angústia seria ter testemunhas da minha tragetória somente a partir dos meus treze anos. Ou então aos dezoito, quando finalmente conheci pessoas de outros bairros.
Acho que a gente não cultiva amizade pra ser feliz no momento, e sim, pra marcar cada época vivida e ter a quem recorrer depois.