domingo, 31 de agosto de 2008

pra encerrar agosto

Ontem fiz duas coisas que não fazia há muito tempo: cheguei em casa às 6h e fui ao cinema sozinha. A maratona na qual me submeto durante o Festival do Rio chegou mais cedo este ano. Foram exibidos vários clássicos por causa do fechamento do Estação Paissandu, no Flamengo. Cheguei as 14h e saí pouco depois da meia noite. Maravilha. Mas por ter chegado às 6h da manhã em casa, sucumbi ao sono e dormi no meio do terceiro filme (Medéia, chaaaato), com direito a acordar no susto com os gritos de uma mulher, a propósito os únicos sons emitidos no filme.

Tirar um tempo para si é bom às vezes. Pensar se está tudo certo na sua cabeça e coração. De quebra ainda escrevi este post à mão, coisa que não fazia há séculos - pegar uma caneta gorda dos laboratórios Sérgio Franco e rabiscar meu caderninho do Gilberto Freyre, adquirido no museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

Como já diria o sábio Eduardo Braz, para ser um vencedor, é preciso vencer a dor.

tchau, agosto!

Depois de demissão, pretensão de retorno à ginástica olímpica e mostra PUC, agosto se saiu um mês bem danadinho. Para completar, estive mais destrambelhada do que nunca: no carro, com lanche do Mc Donald's no colo e suco de uva no suporte, me sujei toda. O suco vasou, desceu pelo banco do carro e atingiu minha calça e roupa íntima (que pudica). Subi no elevador envergonhada e ao me trocar me deparei com uma calcinha roxa, e não a rosa como havia vestido pela manhã.
No dia seguinte, as 7h da matina, me sujei de chocolate quente e assim fiquei até a noite.
No outro dia, atravessando a rua, dei uma topada que deixou de brinde uma bolinha de sangue pisado na ponta do dedão.

sábado, 23 de agosto de 2008

Glade

Eu acho simplesmente surreal que alguém de fato use o odorizador Glade e semelhantes. Agora lançaram um em gel, adesivo, sei lá. Você cola isso em algum objeto e ele libera um agradável aroma pela casa. Chega de se preocupar com as visitas, é a mensagem do comercial. Sério, quem compra isso? Vai limpar a sua casa, po! Passar um pano de chão, esfregar os móveis e as janelas em vez de comprar um glade fragrância contínua de flores tropicais, lavanda, brisa do mar etc. Tem até um chamado lembranças da infância!

Ah, ora essa!
Não quero me tornar um ser-humano ruim. Não quero desejar o seu fracasso. Isso não faz o meu sucesso e mesmo se fizesse, não desejaria.
Não quero me tornar pobre de espírito e de coração.
Não quero te achar feia. Isso nem sequer me torna bonita, só mais feia por dentro.
Não quero te julgar deselegante, isso não me faz superior, até porque tal coisa nem existe.
Não pretendo desejar o seu mal...nem o de ninguém.

Não quero te julgar. Eu nem te conheço...e mesmo se conhecesse não o faria.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

e sob o sol da toscana continua com a medalha de ouro

Do you know the most surprising thing about divorce?
It doesn't actually kill you, like a bullet to the heart or a head-on car wreck. It should.
When someone you've promissed to cherish till death do you part says "I never loved" it should kill you instantly.
You shouldn't have to wake up day after day after something like that, trying to understand how in the world you didn't know

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

ser ou não ser

O quão preocupada eu deveria estar por preferir - de lavada - as aulas de História Contemporânea, Cultura Brasileira e História do Cinema no Brasil às de Radiojornalismo e Redação em Jornalismo Impresso? :\

apressado come cru

Parafraseando o editor assistente da Revista O Globo, me senti na crista da onda ao ler a matéria de capa do veículo. Me senti feito pinto no lixo quando vi que a capa foi destinada ao vegetarianismo. Tudo bem que eu estou longe de ser uma natureba do naipe citado na revista, mas mesmo assim fiquei feliz. Na verdade, nem tão longe estou. De sexta a domingo ouço uma insistência pra tomar o tal suco verde mencionado na matéria. Ainda chego lá.

É muito bom saber que os vegetarianos são vistos, ouvidos e com idéias reproduzidas num veículo do porte da revista do globo.
Aliás, domingo já não é mais tão chato graças à esta publicação. Além da aguardada coluna da Martha Medeiros, a revista vem sempre recheada de matérias bacanérrimas. Semana passada a capa foi sobre refugiados no Rio de Janeiro. Muito boa!
A revista se tornou mais um objetivo de vida meu, junto com o Segundo Caderno e a Bravo. =D

Sonhar faz bem, né? Ou não.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

preciso de dias mais longos 2

Sempre quis crescer. Acho que fui a criança mais reclamona da História da Humanidade. Não é difícil imaginar.

Agora que cresci, quero voltar a ser criança. O pior é saber que só tende a piorar. É horrível ter compromissos inadiáveis e um - eu sei que é difícil aceitar - emprego.

No geral, eu gosto bastante. Mas quando surgem coisas inesperadas e que gostaria muito de fazer, não posso, pois preciso me ater à essa vida adulta.

Por exemplo, segunda-feira saí da aula e na porta da frente estava parado o Douglas Duarte. Ele dirigiu o Personal Che (que é bem interessante e engraçado) e participou do debate do festival da revista da Piauí, no Odeon. Aliás, excelente dica do Helmut. Adorei este dia. Acho que após o debate, que contou também com o Walter Salles (!), exibiram o filme. No entanto só o vi no Laura Alvim, já no circuito normal.

Mas, voltando ao assunto, o Douglas Duarte estava parado na minha frente e eu gelei. Queria ter dito a ele que o debate foi bacana, que o filme é muito interessante etc. Além de ter cerca de 90 minutos. Quem acompanha este blog desde início sabe que eu amo filmes com esta duração. O problema (ou o evitar de diversos foras) é que eu sempre acho que as pessoas serão grossas e cagarão para os meus comentários. Reflito muito antes de falar com alguém que admiro ou que simplesmente seja famoso. Nessa de não ser impulsiva, me ferrei. Douglinhas entrou na sala, cumprimentou o professor e, acredito, começou a dar uma palestra. Ali, pra 20 pessoas, numa salica de aula. Como eu queria ter entrado! Não entrei por dois motivos:

1º - fiquei com medo de levar um fora também do professor
2º - tinha que ir pro trabalho

Sim, nesta ordem de importância.

Hoje me ferrei de novo. Começaram a ser vendidos os ingressos para o show do Roberto Carlos e Caetano Veloso em homenagem ao Tom Jobim no Theatro Municipal e eles acabaram em 3 horas. A última pessoa que conseguiu havia chegado na fila às 8h45min. O primeiro, às 21h do dia anterior. Eu não tenho esse tempo!!! Essas pessoas não fazem nada da vida? Preciso saber qual é o segredo delas. Com certeza elas têm a fórmula para estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Dia 24 tem show do João Gilberto, também no Municipal. O resto do mundo que se dane.Eu vou conseguir algum ingresso!

Partiu?

sábado, 9 de agosto de 2008

Era uma vez...

Não queria ver "Era uma vez...". O trailer não me despertou interesse pois a história já é muito batida. Só depois de um amigo elogiar bastante e de receber um panfleto na faculdade alegando que mais de 200 mil pessoas viram o filme é que comecei a considerar.
Decidi então que este seria meu programa da noite de sexta-feira. Comprei o ingresso faltando 5 minutos para o filme e, com medo de pegar lugar ruim, perguntei se a sala estava cheia. A vendedora disse que não. Depois de 1 minuto acomodada em meu lugar a sala encheu. E muito, e olha que era a sala da 13 de UCI, uma bem grande. Já fiquei contente com isso, afinal não era única que decidira prestigiar o filme na aguardada sexta-feira.

Tudo começou bem. Com 10 minutos de filme eu abri o berreiro. E isso eu considero um bom sinal, porque o longa me tocou, mesmo eu chorando por qualquer coisa. Tentava dizer para mim mesma: Lara, é só um filme. Mas não é, e isso dói. Não gosto nem de pensar que tudo que se passa ali de fato acontece, mas sei que é necessário, e impotente perante a isso, choro.

Confesso que estava apreensiva com a falta de originalidade do tema. Pensei em Cafuné, que aborda a mesmíssima coisa. Pensei que a tal da Nina (Vitória Frate) não daria conta do recado. Mas de repente parei de pensar e fui levada pela história e pelo pranto.

Gostei deste filme por diversos motivos, um deles fica a cargo do flashback logo no início. Sou fã disso. Outro é porque mostra a infância do Déco (personagem de Thiago Martins, com quem eu simpatizo muito). Adoro quando mostra a formação do caráter do personagem e, principalmente, quando ele mantém sua essência independente de qualquer coisa.

Uma coisa curiosa é que no trabalho falaram de como o ser humano é mesquinho. Prefere ver o outro se dar mal a se dar bem. Prefere a desgraça alheia ao próprio sucesso.
Um malandro fanfarrão e com dinheiro que se diz amigo do Dé se aproveita da generosidade dele sempre. E logo depois revela que o cara é vendedor de cachorro quente para a riquinha Nina. Fiquei com tanto ódio deste aproveitador safado. Sorte que o comentário dele pouco importou para a protagonista.

(VOU CONTAR O FINAL, PARE DE LER SE VOCÊ SÃO VIU!)
Mas uma coisa foi me revoltando. Por que, nessa temática, os finais não podem ser felizes? Por que tem que acabar em tragédia? Sempre.
Por que os pombinhos de classes sociais diferentes não podem se sair bem? Não entendo.

Mas a coisa que me revoltou ainda mais foi o modo como tentaram solucionar o seqüestro da Nina. Não tem nada que me irrite mais nos filmes do que atitudes imbecis. Por exemplo a Grace de "Dogville". A personagem de Nicole Kidman é estuprada pela cidade inteira e não faz NADA durante muito tempo. As pessoas a exploram e ela não toma atitude alguma. Alguns espectadores têm raiva dos cidadãos, eu tive foi da Grace. Ô mulher burra! No final ela compensa, mas ai já era tarde. Já estava tão irritada que parei de ver o filme. Em "Dançando no escuro" a Björk faz a mesma coisa, só toma atitudes estúpidas. Como isso me irrita. Lars Von Trier tem esse trunfo, me irritar profundamente. E agora a Patrícia Silveira, roteirista de "Era uma vez..." tem o mesmo trunfo.
Achei que passou dos limites a estupidez da Nina e do Dé. Shakesperiano demais para mim.

Fora o final, o filme de Breno Silveira é adorável, engraçado, dramático e revoltante ao mesmo tempo. Recomendo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

L

Acho muito gozado palavras com L no meio. Dá um prolongamento tão específico às palavras. Me divirto

Ultra
Culpa
Catapulta
Escultura

Não lembro mais.