quarta-feira, 17 de junho de 2009

Você tem algum amigo gay? Eu tenho. Uma coisa que acontece com mais frequência do que eu gostaria é um amigo ou amiga apontar uma pessoa que eu acho interessante e falar 'sai dessa, esse aí gay'.

- Como você sabe??
- Sabendo ué. Gay reconhece gay. A gente sabe identificar.

Agora me responde uma coisa, como é que eu, sendo hétero, não sei identificar com exatidão os meus semelhantes? Eu sou passível a erros, mas os homos não!?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O ego na pista da esquerda

Mais do que dar passagem quando alguém coloca uma seta, não bloquear cruzamentos, não avançar sinal, o carioca precisa aprender a andar na faixa da esquerda. Imagino como dever ser difícil para muitas pessoas compreender que não pertencem ao mundo dos velozes. É como ser sempre o reserva no time, o último a rir das piadas. Requer um espírito enormemente elevado reconhecer que você, simplesmente, é inferior. Os homens, principalmente, têm que aprender a diferenciar carro de masculinidade. O mundo sabe separar potência de carro de potência de outras coisas.
Mas não, o ego não permite tal reconhecimento. A pista da esquerda deveria ser a mais rápida, mas por causa dos infelizes que não tem autoconhecimento, ela se torma, muitas vezes a mais devagar.

Quantas vezes não piscamos o farol insistentemente e o desgraçado com membro sexual desfavorecido não se move, não sai da sua frente? Eu confesso que tenho pé bem pesado, gosto de correr. Mas raramente pisco farol, e nunca buzino. Explodo, xingo o mundo inteiro, mas minhas grosserias ficam reservadas aos quatro cantos dos meus vidros insufilmados. Confesso também que quando piscam pra mim posso ter duas atitudes, depende do meu humor. Uma é ir imediatamente para a direita, a outra é acelerar e fazer o sujeito se arrepender de ter piscado pra mim. Ora essa! Onde já se viu piscar farol pra Lara Rebibout?

Além dos meramente mal amados, que não dão passagem pelo puro prazer de semear discórdia, existem os que acham que vão ensinar alguma coisa, dar uma lição de moral no lugar mais inoportuno: o trânsito. São aqueles que com certeza pensam 'eu já estou a 80km/h, esse sujeito nem sequer tem o direito de piscar pra mim. Já estamos no limite permitido."

Meu senhor, se eu quiser ir a 100km/h o problema é meu! Dá pra você reconhecer a sua inferioridade e sair da minha frente?! Bibiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A mulher invisível

O filme ainda nem estreou e eu já assisti duas vezes. Acho que isso indica que, no mínimo, o filme é ótimo.
A comédia de Cláudio Torres (Redentor) é, de fato, uma comédia. Quantas vezes vamos ao cinema esperando um gênero e econtramos outro? Bom, nesse caso a propaganda não é enganosa. O filme é sobre um homem, Selton Mello, que venera a esposa e é repentinamente abandonado por ela. A vizinha, interpretada por Maria Manoella, acompanha a vida de Selton feito novela. Paredes vagabundas dão nisso. Enfim, a vizinha demora muito para intervir na solidão de Selton e eis que entra Luana Piovani, a mulher invisível. Preocupado, Vladimir Brichta entra em ação para clarear as ideias do amigo.

O protagonista capa da Veja Rio domina o filme. Sou suspeita pra falar porque simplesmente amo o Selton. Sou suspeita pra falar da Luana Piovani também porque simplesmente não gosto dela, logo não acho que esteja tão maravilhosa em cena. Mas um coisa é certa. Ela está cada vez mais linda.
Bom, continuando, além do carisma dominante de Selton e do carisma ausente de Luana, o filme conta com a participação irreverentíssima da 'Normal' Fernanda Torres. Ela entra poucas vezes em cena mas sempre deixa gostinho de quero mais. Ela faz o papel da irmã de Maria Manoella, a tal da vizinha bisbilhoteira.
O fofo engraçado Vladimir Brichta também está ótimo, mas pra mim não ficou claro se ele é irmão biológico do Selton ou se é irmão no estilo 'melhor amigo'. Falha do roteiro. Ou minha. Talvez descubra ao assistir pela terceira vez. A trilha sonora também é ótima. Divertida, como o filme, e com temas bem definidos.

Diferentemente de 'Se eu fosse você 2', que é um filme família, 'A mulher invisível' é um filme para todos os membros da família.

O humor é unisex, Vladimir é pras mulheres, Selton é pra mim, Luana nem se fala! Quase sempre de calcinha e sutiã, exibe um corpão de virar a cabeça dos homens e matar as mulheres de inveja.

Assistam, não irão se arrepender!
5 de junho nos cinemas :)

sábado, 30 de maio de 2009

Luz Negra

Sempre só
Eu vivo procurando alguem que sofra como eu... também
Mas não consigo achar ninguém

Sempre só
A vida vai seguindo assim
não tenho quem tem dó de mim

A luz negra de um destino cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde estou representando o papel
Do palhaço do amor

Sempre só
a vida vai seguindo
assim
não tenho quem tem dó de mim
e eu tô chegando ao fim

Eu tô chegando ao fim...
Eu tô chegando ao fim...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um desabafo da maior consumidora de pastel desse Brasil

Alguém pode por favor fazer a gentileza de me informar quando foi instituído em rede carioca que pastel de queijo se faz com queijo minas? Não tem coisa mais nojenta e que queime mais a imagem da velha boemia carioca.

Chefes de cozinha dos botecos do meu Brasil, por favor. O queijo minas não se desmancha, não abraça as extremidades do pastel e derrete com o óleozinho fervente. Não deixa constrangedores metros de queijo esticados à primeira mordida. NÃO! O queijo minas se mantem em calota, solta uma água que parece giz líquido e não preciso dar mais motivos para que ele seja tido como horrível. Deve ser banido do circuito carioca. Não aguento mais me ver obrigada a perguntar qual queijo a casa usa. E o pior é que momentos depois costumo fazer alterações nos pratos, solicitando que retirem a carne etc.
Gente, é muito constrangimento pra uma pessoa só. Mesmo que essa pessoa seja eu!

Viva ao bom e velho queijo minas TRADICIONAL. Esse sim proporciona o gostoso puxadinho!

Eco Hooters

Essa semana usei uma blusa do Hooters (cadeia de lanchonete americana que conta com o serviço somente de garçonetes peitudas - Assistam 'O paizão') que diz o seguinte:
CONSERVE WATER!
Shower with a friend
HOORTERS

Que eu sou um pouco environment freak todos sabem, mas que sou environment freak e piadista nem todos sabem. E nem ficaram sabendo! Minha piadinha de tome banho com um amigo foi completamente engolida pelos meus seios. Sim! Não pude demonstrar minha irreverência e meus bem gastos 15 dólares porque a dobra natural dos meus peitos cobriu o 'shower with a friend'.

Que graça tem circular por aí com uma blusa que diz 'Conserve Water'? Nenhuma. Agora sou vista como environment freak e boring (olha eu dando muito crédito ao evento que ninguém presenciou ou leu)

Pretinho básico

Retornei ao blog depois de algumas eras glaciais empolgada em ajudar o mundo! Queria mudar o fundo deste humilde blog para preto. Acabo de ler um comentário de uma postagem no blog do Bruno Mazzeo (a imensidão cibernética também é cultura) que fundos escuros gastam menos energia! Bacana, não?

Vocês podem conferir uma pouco da explicação/embromação aqui: http://www.ecognight.com/pt/porque.html

Leiam os benefícios, é legal! Papo de um minuto de leitura.

E quem souber alterar as cores desse blog, que atire a primeira pedra!

sábado, 14 de março de 2009

meta para 2009

Conseguir encostar na ponta dos pés. Com as pernas devidamente esticadas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Life experience

Foi dada a largada da contagem regressiva. Apesar da imensurável saudade do Brasil, dá um aperto no coração saber que tudo isso está prestes a acabar.
Uma família criada aqui. 14 pessoas que foram "forçadas" a conviver, e que se tornou uma família.
A primeira pessoa já está voltando e tremo na base ao vislumbrar o momento da despedida. Sou péssima com despedidas, principalmente quando gosto de quem está partindo. Em casa, no Brasil, muitas vezes fico sozinha. Minha irmã e mãe costumam passar os domingos fora de casa e fico só com meu cachorro. Simplesmente detesto isso e foi fenomenal ter a casa sempre cheia.
São sete catarinenses, cinco cariocas (de todos os cantos do Rio) e dois capixabas. Uma mistura que, na minha opinião, deu certíssimo!
Infelizmente convivi pouco com algumas pessoas por causa da incompatibilidade de horários. Em compensação aprendi a admirar, respeitar e adquiri um carinho enorme por outros.
É surreal imaginar que depois de três meses essas pessoas vão desaparecer da minha vida. Não vou mais acordar com gente dormindo na sala, tentar (e não conseguir) pisar delicadamente por causa dos vizinhos chilenos do andar de baixo, me esquivar pra chegar a minha cama porque tem alguém dormindo em um colchão colado à ela. Não vou mais levar minha vida para o banheiro e me trocar lá. Nem espremer as coisas na geladeira ou usar a varanda como freezer. Não vou mais lavar louça (ufa!), nem levar o lixo para a garagem, que é bem mais quentinha que meu quarto, diga-se de passagem.

Vou setir falta de tudo. Do Big mandando dois beijinhos de boa noite imitando a Camila. Da risada do Peixe, que consegue ser mais escandalosa que minha. Da Ritinha espivitada, do sotaque baiano do Thiago (que é catarinense). Das grosserias do Daniel, do sotaque fofo de (já nem uso artigo) Thalisson e Robson. Da adorável e mais amiga, a Fe. Do divertido e prestativo Rudney. Aliás, os catarinenses são todos divertidíssimos. Dos 'yo, motherfucker' do mais carioca de todos, o Guga.
Acho que vou até sentir falta de esperar a Kamila sair do banheiro. Terei saudade dos papos do banheiro que tentavam ser particulares mas a casa inteira ouvia. Dos meus companheiros de quarto que, enquanto dormiam congelando, me ouviam falar nos sonhos (até em inglês) e escutavam aos gemidos da Camila. Em compensação eu suportava os roncos deles.

Que saudade vou sentir de subir o condomínio e encontrar a casa cheia de tênis e botas no tapete, bolsas e casacões na mesa.
Vou guardar com muito carinho o aniversário surpresa do Paizão e a aconchegante sala, a sede do nosso convívio. Das noites animadas ao som de "When I grow up" e "Womanizer" e os momentos não tão agradáveis assim, como as reuniões que ditavam as regras que seriam descumpridas.
Foi aqui, que além da cultura americana, eu conheci mais a brasileira. Jamais ouviria falar do Diarinho e Vitor e Léo se não fossem pelos sulistas, ou escutaria Alexandre Pires depois de 300 anos. Não incluiria Itajaí na letra I de adedanha/stop.
Daqui uns anos vou rir da geladeira super lotada, a lareira amontoada de coisas pra secar, dos bilhetes/avisos descontraídos, da confusão do aluguel.
Só não sei se sentirei falta de subir o condomínio com as compras do Smith's e escrever meu nome em todas as coisas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

São 6:45h da manhã aqui em Park City. Acordei as 5h para pegar o ônibus das 6h e estar no Eccle Theater, cinema em que sou voluntária do Sundance, as 7:45h. Não sei onde estava com a cabeça! Tenho tempo de sobra agora. E sabe onde estou? No Headquarters dos voluntários. Um tenda montada atrás do Marriot com vários computadores, lanche, sofás, lixeiras para reciclagem e outras coisinhas que deixam o ambiente aconchegante. Uma mulher saltou do ônibus comigo e como estava muito frio para esperar a outra linha de bus, viemos andando ao Headquarters. Uma caminha de uns 12 minutos no escuro e hiper frio! Sim, são 6:47 mas ainda está escuro!
Uma outra voluntária madrugadeira está assistindo 'Curtindo uma vida adoidado', aliás o Mathew Brodderick (?) e a Sarah Jessica Parker se separaram...que babado, menina.

Por hoje é só. Wish me luck!