sábado, 15 de novembro de 2008
para quem nunca foi à Disney...
Os shoppings da zona sul têm essa mania de fazer estacionamento no teto, não no subsolo. G1, G2, G8, Rússia. Uma loucura só.
Mas o do Shopping da Gávea, além da usual rampa alucinante que força meu pobre carro a gás, tem também uma cobertura redonda. Isso mesmo, a rampa é envolta por um teto redondo, que dá a mesma impressão de determinadas montanhas-russa da Disney. Aquela emoção subindo pelo esôfago enquanto o carrinho faz 'tec-tec-tec' nos trilhos. E a iminente queda em seguidos parafusos. A única diferença é que não tem uma barra de ferro presa na sua cintura e quem está no comando do carrinho é você. Portanto, cuidado com as curvas.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
uma verdade muito inconveniente
No geral sou até satisfeita com a minha atuação. O que me entristece é ver pessoas do mesmo nível cultural que eu, aliás, nível superior, ignorando o que está a sua volta!
Uma amiga que me dá carona quase todo dia é uma dessas. Tem pelo menos dois livros na bolsa, mas ridiculariza a questão ambiental. E olha que ela ainda acha que vai ter dois filhos! Uma, vegetariana. Ou seja, ela vai perpetuar o sangue e mesmo assim não faz nada. Tem aquela postura 'soucoolnãomeimportocomomundovocêsotáriosqueseimportemcom isso'. Tenho vontade de chorar quando percebo essa atitude nas pessoas. Choro por qualquer coisa, boa ou ruim. No geral sou bastante incrédula com a humanidade, por isso não quero ter filhos. Vou adotar. Mas as pequenas coisas me comovem absurdamente. Uma pessoa que cede lugar ao mais velho, que segura a bolsa de alguém no ônibus cheio, que devolve o dinheiro encontrado, que só usa o carro quando é estritamente necessário, que me ensina coisas no 175. Tudo isso me faz chorar.
Mas eu choraria mais ainda se as faculdades e escolas só usassem folhas recicladas. A minha faculdade usa quando os estudantes solicitam documentos como histórico escolar e outros. A Escola Parque tem um cesto onde os alunos jogam as folhas e elas são recicladas. A correspondência do Banco Itaú também vem nas folhas pardas reutilizadas. Meus olhos enchem d'água quando vejo um estudando com o caderno reciclado na mão. É difícil resistir ao caderno cuja capa é o Johnny Depp, a Pucca, vaquinhas fofinhas ou o Batman (sim, um amigo meu tem esse caderno) e, em vez disso, escolher o sem graça porém ecologicamente correto. Por saber desta dificuldade é que meus olhos lacrimejam quando vejo que alguém fez a mesma escolha que eu. Que o banco recém unido ao Unibanco também faz essa escolha. Que a minha faculdade faz.
No entanto, isso tudo pode melhorar. Todas os papéis que circulam lá poderiam ser reciclados. A equipe de engenheiros, quem sabe, não pode providenciar um sistem de energia solar? É ali onde as coisas acontecem.
Foi na faculdade que Al Gore teve o privilégio, há algumas décadas, de ter contato com um dos pioneiros no tema aquecimento global. É na faculdade que temos de implementar certas mudanças. Hoje em dia não tem nada de pioneirismo nisso, mas infelizmente ainda não atingiu o ponto de ser inerente ao ser-humano preservar.