"Quero matar meu chefe" é mais uma prova da minha 'tchiuria' que elenco mediano é garantia de filme bom. Principalmente quando se tem a impressão de 'conhecer os atores de algum lugar' e os lugares são nada mais nada menos que It's always sunny in Philadelphia, Saturday Night Live, a e Arrested Development! E quando um time classe A das sitcoms americanas resolve fazer cinema, comédia vira assunto sério.
Os protagonistas desta hilária comédia masculina são, respectivamente Charlie Day, Jason Sudeikis, que coestrelou 'Passe livre ao lado de Owen Wilson, e last but not least, Jason Bateman, o mais famosinho dos 3, que atuou em Juno e dividiu a telona com Jennifer Aniston em 'Encontro de Casais'. Jennifer, inclusive, também participa de Horrible Bosses (no original). Ela é a dentista ninfomaníaca chefe do personagem de Charlie Day. Os chefes odiados são, aliás, os atores mais consagrados do filme. Além da eterna ex-Friend, estão também Colin Farrell e Kevin Spacey, e apesar de incríveis, fazem apenas algumas aparições, deixando a responsabilidade mesmo pro trio vindo da telinha. Pra completar, o vencedor do Oscar Jamie Foxx dá o ar da graça maestralmente em raros momentos, como, por exemplo, quando os 3 protagonistas descobrem que ele não é um bandido barra pesada, mas sim um cara que foi parar atrás das grades por piratear filmes.
Bom, é claro que o mérito de 'Quero matar meu chefe' não é só dos atores. O roteiro não deixa nada a desejar. Michael Markowitz conseguiu inserir elementos de nonsense no longa de maneira crível e divertida, como a obssessão de Jennifer Aniston pelo empregado e a personalidade distorcida de Colin Farrell. Itens que só eleveram esse bromance quase ao já cultuado 'Se beber não case'. Outro sucesso com atores que até então eram coadjuvantes.