quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A gente tem mania de falar que o carioca é simpático, caloroso, hospitaleiro e tudo mais. Verdade seja dita, somos tão frios quanto qualquer europeu dos países nórdicos. Na volta de Angra, uma mulher se sentou ao meu lado, grunhiu algo como licença, eu retirei minha bolsa e ela se sentou. Durante três horas de viagem, nossa história de vida praticamente se resumiu a isso, salvo um 'você se importa se eu comer?' quando paramos em Muriqui e ela comprou um sanduiche fedorento. Não, imagina, foi o que eu respondi. Nem pra desejar um bom apetite. A moça super eduacada e eu ogrenta.
Qualquer outro animal teria se relacionado mais que isso. Bota só dois cachorros juntos pra ver se eles ficam cento e oitenta minutos bricando de estátua. Claro que não, eles podem até se matar, mas isso não deixa de ser um tipo de introsamento. Dois gatos, dois pássaros, dois ratos, a arca de Noé inteira...aposto que só o ser-humano sai de uma viagem (ônibus ou avião) sem saber nada da pessoa que dividiu o mesmo m² durante horas

2 comentários:

Anônimo disse...

É verdade como nós somos antipáticos! As vezes paro e penso quantas pessoas passam pela minha vida todos os dias mas sequer entram nela. Acho que o caminho de duas ou mais pessoas não se cruzam meramente por um simples acaso do destino, mas sim com algum propósito... Então será que tantas pessoas passam por nós sem proósito? Ou nós que deveriámos forçar uma aproximação e ver as possibilidades de tal ocorrência? Vai entender? Quem sabe sua companheira de viagem poderia ser a madrinha dos seus 15 filhos? Ou não? Não sei! Vamos vagueando...

Paula Filizola disse...

amiga, só pra avisar... que eu espremo suas espinhas, entao nao é so coisa de irma viu?

bom, volte a me mandar msgs... a me perturbar!

e o estagio? ja começou?

bjs