O aguardado filme mais mulherzinha (rica!) do ano estreou nesta sexta e, de tão aguardado que era, eu já vi. O quarteto de mulheres muitíssimo bem resolvidas manteve a sintonia da série, apesar dos boatos de Kim Catrall, a Samantha da série, ter armado barraco exigindo um salário tão alto quanto o de Sarah Jessica Parker, a protagonista. Diferentemente do que eu li, achei Samantha muito presente no filme, mesmo depois de aderir à monogamia e partir para L.A. Li também que o diretor, Michael Patrick King (dirigiu alguns episódios da série) poderia ter cortado uns bons 20 minutos dos longos 148. Discordo completamente. Sou a pessoa que mais consulta o relógio durante uma projeção, e que não rende nada numa sexta-feira a noite depois de uma semana de trabalho. Pois pasmem vocês, eu não verifiquei as horas uma vez sequer. O roteiro é muito bem amarrado. Mostra com precisão a realidade e etapas da fossa feminina. Ai do Michael se ele resolvesse cortar uma dessas fases. As piadas são divertidíssimas, e isso no cinema é cada vez mais raro. Eu, assim como a platéia inteira, gargalhava. Ainda bem, porque se fosse só eu seria um desastre, visto que sou escandalosa em demasia.
O figurino, de Patricia Fields (O diabo veste prada), é deslumbrante, estonteante, fabuloso, formidável, glamuroso, incrível e, pulando o H, eu poderia continuar até terminar o alfabeto. Agora, quero ver ela se virar com um orçamento pequeno.
Para os bons namorados que acompanham suas amadas por amor ou obrigação, não se preocupem. Apesar dos chiliques femininos, o filme conta com cenas de sexo quentíssimas capaz de tirar qualquer um do mais profundo tédio.
Para quem é viciado em séries o filme é um prato cheio. Ele traz Evan Handler, ator que já fez pontas em Lost, CSI Miami, Shark, Californication etc, e Jennifer Hudson, a não ganhadora do American Idol que ganhou o Oscar de atriz coadjuvante em 2007 por de Dreamgirls. Ela é a assistente que chega para rearrumar (adoro cenas de transformação!) a vida de Carrie e tirá-la da inércia.
Depois de recuperada do baque, Carrie volta a sua vida básica de jornalista da Vogue, escritora de livros sobre amor, e se muda para uma cobertura báaaasica no coração da Big Apple. Nada da vida que eu gostaria de ter, imagina.