Eu gosto de ver a comprovoção dos velhos clichês ao vivo e a cores. Um deles é de que a vida ensina mais do que a escola. Estava no ônibus em Copacabana quinta-feira às 10:10h indo para a faculdade quando entra um cara com alguma mercadoria que fatalmente seria indiferente à mim.
Estava sentada naquele banco individual da frente, portanto não houve contato visual com o vendedor. Ainda bem, isso me constrange. E, de fato, eu estava com o dinheiro contadíssimo (estou me acostumando a viver assim) naquela manhã chuvosa.
O cara começou a falar sobre educação, salário dos professores, lei de aprovação automática, ali, no 175 Barra da Tijuca.
Falou que na Coréia do Sul a média dos alunos tem que ser oito se não o professor é demitido, o pagamento é melhor e tudo mais. Fechou o assunto revelando tristemente a realidade do Brasil.
Eu comecei a me perguntar o quê seria a mercadoria escondida naquela caixa de papelão. O que poderia estar vendendo aquele negro bonito, com voz atuante, educação, e imagino eu, brilho nos olhos.
Ele citou vários metódos de medicina alternativa e nos explicou que são os fitoterápicos. Finalmente, veio a venda.
Palavras cruzadas, caça palavras e todo tipo de passatempo que, segundo ele, previne o Mal de Alzheimer e outras doenças degenerativas.
E assim, sem mais nem menos eu aprendi um pouco sobre a educação na Coréia. Mas infelizmente não pude comprar um livrinho daquele e presentear algum amigo entediado com aula. (porque eu não faço esses passatempos. Não gosto de desafiar meu cérebro. Será que terei Alzheimer?)